sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Conjunção


Às vezes as pessoas confundem as palavras. Outras vezes elas são gagas e enrolam a língua nos dentes. Mas, o caso mais comum é gerado pela ausência da educação, também conhecido como ignorância, do latim “sin govirnus inviztimintus”.

Eu tinha duas alternativas. Escapar de tudo ligando os fones de ouvido e sendo enviado a outro universo. Ou ouvir mais uma dessas conversar de trem, respeitando as leis da ACA (Associação dos Curiosos Anônimos). Como membro especial, não pude negar a minha natureza.

Acho que a comparação entre trens e latas de sardinhas é clichê, mas porém não consigo encontrar nenhum outro tipo de lata que substitua as de sardinha a altura. A proximidade dos corpos dentro do vagão com certeza contribuiu para que eu pudesse ouvir.

O relato a seguir foi modificado para preservar o seu sistema auditivo.

Garoto 1: “Nossa cara estou com a maior fome.”

Garoto 2: “Você não sabe. Ontem comi quase três pratos. E ainda fui fazer natação.”

Garoto 1: “Mas é perigoso nadar depois de comer!”

Sou obrigado a confessar que, até esta parte da conversa, o que mais me surpreendeu foi perceber que ainda há pessoas que se preocupam com o próximo.

Garoto 2: “É... Ainda bem que foram apenas exercícios leves.”

Garoto 1:  “É você não pode mergulhar.  para que eu decepasse meus ouvidos. faca. Felizmente fui salvo pouco antes de querer cortar minhas orelhas. dentro do vag

Garoto 2: “Eu estou ligado. Fiquei com muito medo de dar conjins... Contest... Convul... De sofrer conjunção”

Foi como se todas as minas terrestres escondidas na Angola estivessem estourado a menos de quinze centímetros do meu ouvido. Eu quase podia sentir o sangue escorrendo. Felizmente, fui salvo pouco antes de arrancar minhas orelhas.

Garoto 1: “Nossa cara, você é muito burro, não tem nada haver com conjunção.”

Garoto 2: “Ah, sei lá. É aquele negócio que dá na barriga.”

Garoto 1: “GASTRITE!”

Dessa vez, o salvador foi quem cedeu a faca para que eu decepasse meus ouvidos.

Garoto 2: “Deve ser. Acho que embaralha os intestinos.”

Garoto 1: “E isso é para sempre? Fica torto?ngua﷽﷽﷽﷽﷽﷽que os carrascos da lú da mpam me avisar sobre algo. Aparentemente he querer cortar minhas orelhas. dentro do vag

Garoto 2:  “Lógico que não. Você morre.”

O trem para e eu desembarco na mesma estação em que os carrascos da língua. Vejo o trem partir. E o barulho da máquina me conforta.

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