quarta-feira, 20 de junho de 2012

Felizes Para (Quase) Todo o Sempre.


“[...]E eles viveram felizes para todo o sempre.”

OPA! PARA TUDO!
Não sei de onde tiraram a ideia de que, depois que a princesa encontra o príncipe tudo se resolve. Pois bem, estou aqui para desmentir tal afirmação. (Felizes para sempre... Ainda continuam com isso, hunf!)

Para começar como você acha que uma princesa, que depois te ter comido uma maçã envenenada, ou vivido numa torre, ou passado os últimos anos de sua vida dormindo  pode viver bem? Sem nenhum trauma do que houve? Veja meu caro, eu garanto para você que depois que fui salva toda fruta que eu via parecia ter dentes e unhas para me atacar. Parece ridículo para você cujo único esforço que tem que fazer é ler as histórias. No mínimo precisaríamos de uns 3 anos de acompanhamento psiquiátrico.  E teria que ser um dos bons!

Ok! Agora supondo que nós tivéssemos conseguido superar diante as dificuldades os traumas que vivemos. Reparou que sempre temos que ir morar num castelo, magnifico, belo, com porta papel-higiênico de ouro e segurança com uniforme a moda “Quebra-Nozes”. No começo até que vai bem mas, depois, quando você se ver obrigada a pagar um determinado imposto de terra. Já imaginou quanto custa o  IPTU de um castelo do tamanho de cinco campos de futebol?

Agora perguntam, “Uma princesa não fica rica depois que casa?”. Ah... Jovens mulheres, tão sonhadoras...  Quando os príncipes estão indo ao seu resgate, tem sua viagem financiada por seus pais, reis de algum lugar longe de tudo. Tem as melhores armaduras, os melhores cavalos e um corpo bem definido graças a mesada que recebe dos pais. Após o grandioso enlace matrimonial, quando eles perdem as moedas de ouro e tem que arranjar um emprego... Bem, digamos que estatua de fonte não é um dos melhores. O corpo bem cuidado? Substituído por uma barriguinha de balão de gás (resultado das muitas e muitas canecas de hidro-mel). As roupas bonitas? Se eu não passar as roupas o coitado não consegue nem abotoar as calças.

No meu caso, eu posso dizer que fui realmente a que pegou o pior príncipe. Sim ele trabalha, ele paga os impostos e veste a própria roupa. Contudo eu já em idade de ser mamãe, de ver crianças gordinhas e rechonchudas correndo pelo jardim do castelo... Infelizmente, não posso.

Guilherme Herculano Sullivan III, um príncipe trabalhador, bonito, inteligente e, por uma desventura natural de nascença (Ou muito azar meu), incapaz de erguer a enxada e plantar a semente da qual precisamos para ter um bebê. E esse com certeza é o principal motivo que me faz pensar todos os dias, “Comer a maçã pode não ser tão ruim afinal.”



Ass: Branca de Neve (Engraçado como nós princesas temos nomes tão comuns).

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